quinta-feira, 9 de abril de 2009

Jenny Seville,

PEDAÇOS DE CARNE.

Olá,
Depois de um certo sumiço total, cá estou de volta!
Bom meus dias estão uma loucura, então talvez postarei com menos frequência do que postava antes por aqui.

No curso de Licenciatura Plena em Artes que faço parte, estamos criando obras pra uma exposição com o tema "IMPERFEIÇÕES", e pra ajudar em minha criação estive procurando por alguns artistas que abordam as (im)perfeições do corpo, do ser humano.

Entre alguns artistas, me surpreeendi e fiquei maravilhada com as obras de
JENNY SEVILLE.


Jenny Seville, inglesa, pintora, nascida em Cambridge em 1970, é conhecida por retratar mulheres, porém de um ponto de vista e aspecto bem diferente do que estamos acostumados a ver.


Jenny cria suas obras a partir de esboços de fotografias de mulheres que passaram por lipoaspirações, lesões corporais, deformidades ou possuem doenças variadas ou são pacientes transexuais.



Suas obras são criadas com óleo sobre tela, e ao inves de pinceladas a espatula entra em ação para criar esse efeito que mistura as tintas, proportcionando um ar mais vivo e um pouco mais real quanto a forma humana.


Jenny Saville cursou a "Glasgow School of Art" entre 1988 e 1992, recebeu uma bolsa de 6 meses da "University of Cincinnati".
No ano de finalização de sua pós-graduação, o famoso colecionador britânico de arte Charles Saatchi comprou todo a sua exposição e ainda patrocinou a produção de dois anos de pintura.
Em 1994 a artista passou algumas horas observando cirurgias plásticas em Nova York. Hoje ela vive e trabalha em Londres e é tutora de pintura figurativa na "Slade School of Art".


Sua inspiração vem através dos 6 meses de bolsa de estudos que cursou, citado acima.

“…diversas mulheres acima do peso. Grandes pedaços de carne branca dentro de shorts e camiseta. Era bom ver este tipo de coisa pois elas tinham justamente a fisicalidade que eu procurava.”

Enfim Jenny aborda um tema muito atual e polêmico, além das cores e a meneira como pinta assim compondo sua obra de forma surpreeendente, a artista retrata as mutilações da mulher, as perfeições ou imperfeição, sejam elas buscadas por mera vaidade ou por necessidade.

As obras da artista caem como uma luva na sociedade, onde a beleza idealizada, já não é retratada com ligação somente ao belo, onde não há mais respeito e entendimento no que o que é feio pra você pode ser perfeito para mim, onde tudo tem de ser comparado a algum padrão que sabe Deus quem criou com um intuito que todo mundo já conhece, manipulação, dinheiro e manipulação.