É isso mesmo! Para variar, novamente, estava eu "fuçando" noticias sobre cultura na globo e encontrei a arte de Robin Rhode...
...Artista contemporâneo sul-africano, acoplou caixa de tintas atrás dos pneus de um "BMW Z4 Roadster" para criar uma pintura do tamanho de um campo de futebol. Antes de Rhode fazer o uso de carros para produzir arte, temos também artistas conhecissímos como Andy Warhol, Robert Rauschenberg e Roy Lichetenstein que também utilizaram supersportivos como suporte de arte.
(Andy Warhol - 1979)
(Roy Lichetenstein - 1977)
(Robert Rauschenberg - 1986) Todas as obras de arte, estão sendo expostas no "Grand Central Terminal", em Nova York, do dia 25 deste mês até 6 de abril.
Ao inves do uso de tintas spray, um muro ou suporte para grafitar o "Light Graff" é a combinação da escrita caligráfica e da fotografia em um ato único, ou seja, trata-se de um efeito de luz produzido pelo graffitter e um fotografo que registra o momento. Segundo dados que busquei no site Obvious, "esta expressão visual foi iniciada por...Picasso. Recentemente tem vindo a ganhar um número crescente de adeptos e executantes, nomeadamente em França. Artistas como Rézine, Julien Breton (kaalam) e Brusk iluminam as noites de Paris e outras cidades francesas com pincéis de luz feitos de lâmpadas de néon, LEDs e ponteiros laser multicoloridos guiados por mãos precisas. Autodenominam-se "calígrafos". Vestem-se de negro para que as câmaras fotográficas, reguladas para um tempo de exposição longo, captem apenas as suas coreografias e ritmos. Muitas vezes estes espectáculos fugazes são acompanhados de um fundo musical que, infelizmente, não aparece nas fotografias."
"O lightgraff é efémero e é isso que lhe confere beleza".
Elas sorriem quando querem gritar. Elas cantam quando querem chorar. Elas choram quando estão felizes. E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam. Elas levantam-se para injustiça. Elas não levam "não" como resposta quando acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para suas crianças poder tê-los. Elas vão ao medico com uma amiga assustada. Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem e se alegram quando suas crianças ganham prêmios. Elas ficam contentes quando ouvem sobre um aniversario ou um novo casamento.
Muitos já sabem mas para aqueles que desconhecem, estou cursando o último ano de Licenciatura Plena em Artes, e ao longo do curso me identifiquei com o fato de trabalhar a arte como terapia, meu Trabalho de Conclusão de Curso diz respeito a arte terapia e como esta pode promover uma boa saúde mental a pessoas com transtornos mentais.Estou em fase de pesquisa e tenho encontrado muitas fontes interessantes e gostaria de compartilhar com vocês.
Uma dessas fontes foi a dissertação sobre "Arte e Doença Mental" de Silva, onde ao relatar sobre a produção artística e a psiquiatria, em um ou dois parágrafos, Silva relembra a forma com que a produção de insanos foi utilizada pelo nazismo.
E então resolvi postar um pouco sobre Entartete Kunst (Arte degenerada), segundo a enciclopédia do Itaú Cultural.
"Em 19 de julho de 1937 é aberta na cidade de Munique, na Alemanha, a exposição que marca o ápice da campanha pública do regime nazistacontra a Arte Moderna: a mostra internacional "Arte Degenerada". Organizada pelo presidente da Câmara de Artes Plásticas do reich (...), a exposição reúne cerca de 650 obras entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e livros, provenientes de acervos de 32 museus alemães, consideradas artisticamente indesejáveis e moralmente prejudiciais ao povo pelo governo nacional-socialista alemão(...), liderado por Adolf Hitler.
Os nazistas classificam como "degenerada" (entartet) toda manifestação artística que insulta o espírito alemão, mutila ou destrói as formas naturais ou apresenta de modo evidente "falhas" de habilidade artístico-artesanal.
Em 1928, utilizando-se das idéias de Nordaus, o arquiteto e teórico racista Paul Schultze-Naumburg publica o livro Kunst und Rasse [Arte e Raça], no qual aparece pela primeira vez a associação da arte moderna com o termo entartet. O autor coloca lado a lado fotografias de pessoas deformadas ou doentes mentais e pinturas de importantes artistas modernos como Amedeo Modigliani (1884 - 1920), Karl Schmidt-Rottluff (1884 - 1976) e Otto Dix (1891 - 1969) a fim de provar visualmente o caráter "degenerado" da produção moderna. Assim, quando Hitler passa a governar o país, em 1933, o uso dos adjetivos "degenerado" e "sadio" já está suficientemente estabelecido no meio cultural como norma de diferenciação entre a arte de vanguarda e a arte tradicional.
A campanha nazista contra a arte moderna começa com a tomada de poder. Em 1933, Hitler fecha a Bauhaus e promove a primeira exposição difamatória da arte moderna em Karlsruhe e Mannheim. Segue-se a cassação de diversos curadores, diretores de museus e artistas-professores como Willi Baumeister (1889 - 1955) e Otto Dix.
Livros são queimados em praça pública e inicia-se um verdadeiro processo de expropriação arbitrária pelos nazistas dos acervos dos museus: mais de 16.500 obras de arte consideradas degeneradas são confiscadas, muitas das quais foram destruídas ou perdidas. Obras de valor - como Auto-Retrato (1888) de Vincent van Gogh (1853 - 1890) ou Acrobata e Jovem Arlequim (1905), de Pablo Picasso (1881 - 1973) - são vendidas num leilão em 1939 na Galeria Fischer, em Lucerna, Suíça, e revertidas em divisas para os nazistas.
Nota-se que o comportamento político ou religioso dos artistas passa a não importar, sendo perseguidos todos aqueles identificáveis com qualquer corrente oposta às diretrizes artísticas nacionalistas e de cunho realista estabelecidas pelo governo.
Na mencionada exposição de 1937, em Munique, são apresentados trabalhos tanto dos expressionistas alemães quanto de Henri Matisse (1869 - 1954), Picasso, Georges Braque (1882 - 1963), Piet Mondrian (1872 - 1944), El Lissitzky (1890 - 1941), Paul Klee (1879 - 1940), Marc Chagall (1887 - 1985), Wassily Kandinsky (1866 - 1944), Otto Dix, Max Ernst (1891 - 1976), George Grosz (1893 - 1959) e outros.
Lasar Segall (1891-1957), que emigra para o Brasil em 1923 e naturaliza-se brasileiro, é representado com seis trabalhos, dos quais apenas dois podem ser vistos ainda hoje. Sucesso absoluto de público (mais de 2 milhões de visitantes), a exposição viaja por diversas cidades alemãs e austríacas até 1941.
Enfim, dessa vez AINDA não vou colocar em meu blog o que penso sobre tudo isso vou ser mais imparcial...mas gostaria de terminar esse post com um trecho do livro "O que é Loucura" de
João Augusto Frayze Pereira e como de costume algumas indicações.
“Com efeito, crer numa loucura localizada no indivíduo e emprestar ao louco uma vestimenta que o transfigura em monstro não só tende a retirar-lhe o estatuto de humanidade, como também a nos fazer esquecer que algo se diz através da loucura.” (PEREIRA, 1949, p.11)".
FONTES:
SILVA, José Otávio Motta Pompeu. Arte e Doença Mental.
Ontem durante uma aula na faculdade estava folhando um livro de uma querida amiga, e fiquei muito curiosa, supresa e maravilhada com as obras de Marianna Gartner.
Gartner é uma pintora Canadense, nasceu em Winnipeg e ainda durante sua infância mudou-se para Calgary. Atualmente, ela vive e trabalha em Vancouver e Europa.
Marianna Gartner foi escolhida como única artista canadense para o perfil em "Rading Pictures" em um livro que aborda igualmente pinturas de gigantes históricos como Pablo Picaddo e Caravaggio.
Gartner resgata os bebês tatuados freaks, o circo, de uma forma surreal e tem evidência em suas telas quase monocromáticas Ao observar suas obras podemos perceber que os personagens tem sempre um olhar desconfiado, e em outras obras não postadas aqui, percebemos que há sempre uma dualidade, por exemplo o bem e mal, doçura e amargura, além de vários simbolos e as cores das obras, as vezes quase monocromáticas, que a partir do fundo pintado mais as figuras retratadas dão mais vazão aos sentimentos que as obras podem nos transmitir, ou seja, todo conjunto da obra resulta no trabalho maravilhoso que estamos vendo, tendo seu valor ao lado de Caravaggio, que diga-se de passagem "ser posto" ao lado de grandes nomes como Caraggio não é para qualquer um...
Enfim, como de costume, deixarei um link abaixo para quem quiser conhecer um pouco mais das obras de Marianna Gartner.
OBRAS EM SLIDE: http://www.youtube.com/watch?v=LsFeC4xNwlU
Graduada em Educação Artística, especialista em Arteterapia e cursando Psicologia Junguiana,atuo em ONGs com crianças e adolescentes em risco social, em APAEs com pessoas com deficiência, realizo atendimentos em grupo e individual, ministro workshops, palestras e vivências com diversos públicos.