segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Como pode a ansiedade conviver com a paixão por relógios...



" Desde pequena tenho paixões por relógios, de bolso, de parede, de pulso, me lembro que eu vivia fuçando a gaveta de meu pai para achar relógios sem bateria para usar enquanto brincava na rua.
Ao começar a cursar a faculdade um dos projetos foi a criação de relógios, criei vários modelos de parede de mesa e resolvi postar aqui os que eu tenho muito carinho. "


(Exposto na FESB, Semana de Artes 2008.)

"Nenhum igual àquele.
A hora no bolso do colete é furtiva,
a hora na parede da sala é calma,
a hora na incidência da luz é silenciosa.
Mas a hora no relógio da Matriz é grave
como a consciência.
E repete. Repete.
Impossível dormir, se não a escuto.
Ficar acordado, sem sua batida.
Existir, se ela emudece.
Cada hora é fixada no ar, na alma,
continua soando na surdez.
Onde não há mais ninguém, ela chega
e avisa
varando o pedregal da noite.
Som para ser ouvido no longilonge
do tempo da vida.
Imenso
no pulso
este relógio vai comigo."

O RELÓGIO
Carlos Drummond de Andrade.



2 comentários:

Zana Queiroz disse...

hahahahahaha que legal,eu tinha paixãos por relogios, não conseguia viver sem, mas depois que invetaram celular...rsrsrsrs minha vida nunca mais foi a mesma!!!


bjusssss

Amanda disse...

Van, muito criativos!! Adorei!!
É um desses que eu vou ganhar??

rsrsrs

=*